Reutilizando Gavetas

Já nem sei mais como iniciar postagens sobre peças originadas de achados que salvei do lixo, porque elas já estão virando maioria por aqui. Pois bem, tava eu alegremente voltando da padaria quando me deparo com a peça abaixo, em pé, com a alça virada para cima, tal qual uma maleta aguardando seu regaste, e eu não perdi tempo, segurei firme como se fosse uma maleta de dólares, com a mão que estava livre, e trouxe para casa de maneira despretensiosa, sem nem imaginar qual a utilidade que lhe daria. 

Feito a minha pesquisa de lei lá no fabuloso universo do Pinterest, juntei algumas referências e comecei a dar uma nova cara pro meu desafio da semana. Fiz a devida limpeza, arranquei o revestimento de fórmica que estava soltando, tirei a alça antiga, lixei, passei massa para madeira, pra poder cobrir os buracos de parafusos, lixei novamente, e finalmente a peça estava pronta pra produção.

Brincar de se comprometer em usar apenas o que se tem em casa, às vezes, é uma excelente opção, pensei em tantas ideias de revestimentos com material que eu precisaria comprar, cores de tinta que eu precisaria comprar e no fim das contas, eu já possuía material suficiente em casa mesmo, preto com amarelo combinam demais, raspei os fundos das latinhas que eu tinha aqui guardadas e a gaveta já se tornou outra criação.

O próximo passo seria transformá-la numa peça de canto de leitura, no caso, fazendo dela uma prateleira com luminária, daí tive a ideia de colocar o bocal simulando um puxador, e até que a ideia despretensiosa ficou sensacional. A execução desse bocal é bem simples, bastou apenas fazer um furo na parte central da madeira, prender a fiação, encaixar no tal buraco e prender com dois parafusos pequenos nos espaços correspondentes, que entram tão fácil que nem precisa marcar e furar para parafusá-los. 

Coloquei essa lâmpada amarela que tinha em casa, só por combinar com as cores da peça mesmo, mas logo estarei trocando por outra mais adequada à leitura no ambiente.

Para finalizar eu ainda coloquei uma divisóariazinha feita com resto de madeira, claro, porque a lei aqui é gastar pouco e reutilizar sempre.